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Máscara é criada para confundir reconhecimento facial

Incognito foi lançada por uma empresa da Polônia


É comum que pessoas sejam marcadas automaticamente em uma foto no Facebook devido ao reconhecimento facial que a rede social utiliza. Esse tipo de tecnologia levanta muitos questionamentos sobre privacidade, causando incômodo em algumas pessoas. Por isso, uma empresa de design da Polônia, chamada Noma Studio, criou uma máscara que é capaz de confundir esse mecanismo.

 

O produto se chama Incognito, foi feito por Ewa Nowak e faz com que o reconhecimento facial não seja capaz de ligar o rosto de alguém a uma identidade. Devido à distribuição dos elementos na máscara, os algoritmos não conseguem categorizar o rosto e o conectar a uma pessoa.

 

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Tecnologia gera polêmicas no Brasil

 

A loja Hering está sendo investigada por coletar dados sem permissão de seus clientes usando o reconhecimento facial em sua loja Hering Experience, em São Paulo. A empresa monitora a reação dos clientes diante dos produtos para segmentar a publicidade. Caso seja confirmado o uso incorreto das informações, a Hering poderá ser multada em até R$ 9,7 milhões. A loja defendeu-se dizendo que "não realiza reconhecimento facial, mas sim detecção facial, por meio da qual estima apenas o gênero, a faixa etária e o humor dos consumidores de forma anônima".

 

Também em São Paulo, o reconhecimento facial foi usado para evitar fraudes no transporte público, quando um passageiro usa o cartão de outro para obter vantagem, usando um tipo de passagem que permita gratuidade ou desconto. Já foram bloqueados 331.641 cartões. Esses dados, como informações de cadastro e o rosto de quem utiliza o transporte, são compartilhados com outros órgãos quando solicitado, como a Polícia Militar e a Polícia Civil do estado, segundo a prefeitura da capital paulista. 

 

Reconhecimento facial nos Estados Unidos

 

A tecnologia para reconhecer rostos já é usada nos Estados Unidos por diversas empresas e órgãos públicos, como a Imigração e a Alfândega dos EUA, que identifica imigrantes sem documentos pela face. O FBI também usa o recurso para comparar fotos de passaportes e carteiras de motoristas com imagens de pessoas que são suspeitas de cometer crimes.

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