Vazamentos

Área da saúde teve aumento de 51% nos ataques de hackers

Das violações de dados, cerca de 60% delas tiveram algum tipo de informação pessoal como identidades e em cerca de 70% havia dados como senhas.


Nos Estados Unidos, no dia 5 de agosto, a página Healthcare IT, site especializado na tecnologia da saúde alertou sobre os riscos da pandemia na questão dos dados pessoais e o quão vulneráveis muitos servidores estão. 

 

Foi relatado que, durante a pandemia, os ataques cibernéticos cresceram. Junto com o crescimento, vieram diversas maneiras de infiltração dos servidores que intensificam a fragilização e a necessidade de uma melhor cibersegurança. 

 

Em servidores fragilizados, os 'malfeitores' se aproveitam da brecha para obter ganhos financeiros, principalmente quando o assunto envolve uma das potências econômicas e populacionais como os Estados Unidos. 

 

Segundo relatório divulgado pela Constella Intelligence, entidade responsável pelo reconhecimento de vazamentos de dados e pela cibersegurança de diversas empresas americanas, os servidores tiveram um aumento de 51% de ataques em comparação com 2019. Segundo o CEO da empresa, a pandemia mostrou a fragilidade da infraestrutura dos serviços de saúde. 

 

A importância do assunto

 

No relatório da Costella, através de seus meios de identificação de ataques, um dado preocupante se destacou. Das violações de dados, cerca de 60% delas tiveram algum tipo de informação pessoal como identidades e em cerca de 70% das violações havia dados como senhas.

 

Os ataques conhecidos como Ransomware tiveram um aumento de mais de 300% durante a pandemia. 

 

Vazamento no Brasil em 2020

 

No ano passado, durante quase um mês, um vazamento de senhas de sistemas do Ministério da Saúde deixou expostos na internet dados pessoais e médicos de ao menos 16 milhões de brasileiros que tiveram diagnósticos suspeitos ou confirmados de COVID-19. 

 

Os dados expostos incluíam informações como CPF, endereço, telefone e doenças pré-existentes. Entre as pessoas afetadas pelo vazamento estão inclusas o presidente Jair Bolsonaro e seus familiares; Eduardo Pazuello, ministro da Saúde; João Dória, governador de São Paulo e diversos nomes da política, como Onyx Lorenzoni, Damares Alves e Rodrigo Maia.

 

LGPD em hospitais

 

A partir da vigência da LGPD, as organizações que não cumprirem as regras previstas no texto da lei serão penalizadas com multas que podem chegar a 2% do faturamento da instituição.

 

Estar atento ao tema, portanto, é uma forma de se preparar para não ter os custos afetados, além de se manter em conformidade com a nova lei e oferecer maior transparência aos seus clientes, fornecedores, parceiros e demais usuários dos quais a instituição colete dados.

 

Organizações de saúde deverão deixar claro para seu público os motivos da coleta de seus dados. Os usuários terão o direito de saber para que finalidade, por meio de quem e quando suas informações serão usadas, além de delimitar a possibilidade de acesso aos dados. 

 

Se na teoria, tudo parece claro, é no dia a dia que a modificação será colocada à prova, já que deixar claro para onde fluem os dados significa reforçar uma comunicação institucional transparente e manter um fluxo bem estruturado com cada parte do processo e uso em evidência.

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