Entre todos os países do mundo, o Brasil foi o 12º que mais contabilizou vazamento de dados no primeiro trimestre de 2022. Ao todo, entre janeiro e março, 286 mil brasileiros ficaram expostos através de suas informações na internet.

Os episódios de vazamento revelaram endereços de e-mail, senhas, números telefônicos, documentos e informações sensíveis. Ainda que o número seja alarmante, a verdade é que ele sinaliza melhora, já que o país ocupa a 5ª colocação entre os mais afetados no planeta, entre outubro e dezembro do ano passado (2021).

Vazamento de dados vitimou 18,2 milhões no mundo em 2021

Os dados são da empresa especializada em privacidade, SurfShark. Ela aponta que o primeiro trimestre do atual período foi bastante duro em escala mundial, uma vez que 18,2 milhões de pessoas tiveram seus dados vazados até o momento. Isso significa que, embora haja uma queda de 58% nos números comparativos, muitas pessoas ainda estão em risco.

Na primeira colocação do ranking aparece a Rússia, país que permanece em estado de guerra. Por lá, o número referente ao vazamento de dados aumentou 11%. A porcentagem é bem baixa se comparado aos 514% de alta que a Polônia somou após ser afetada pela guerra. Os Estados Unidos da América (EUA), por sua vez, viram uma queda significativa de 50%.

Guerra digital pode operar através de vazamento de dados

O atual conflito no oriente europeu estimulou diretamente boa parte dos episódios de vazamento de dados pelo globo terrestre. Afinal, os números revelados pela SurfShark evidenciam a guerra digital da atualidade. Afinal, ao passo que grupos de hackers invadiram os servidores russos, a Ucrânia assistiu os mega vazamentos caírem 67% em 2021.

Hong Kong é outro local que chama a atenção pelo grande aumento de invasões e vazamentos. O total chegou a 946% de alta, assim como Taiwan, onde o vazamento de dados cresceu 295%.

Dessa maneira, como mencionado logo no início do texto, mesmo que o índice geral seja positivo, a ação de cibercriminosos ainda se faz presente com grande frequência no Brasil e no mundo. Medidas de segurança e de cumprimento das normas permanecem indicadas e necessárias.