Recentemente, ao visitar um estabelecimento em São Paulo, fui surpreendido pela insistência em coletar dados pessoais, como o número de CPF, sob a justificativa de um clube de descontos. Essa situação me fez refletir: a LGPD realmente serve para proteger os consumidores ou está sendo utilizada como um artifício para justificar a coleta indiscriminada de informações? Não seria hora de uma legislação mais rigorosa, que proíba práticas como essa e proteja o cidadão de abusos?
Durante o mês do orgulho, vi mensagens que variavam entre o humor e a indignação sobre a LGPD. Comentários sobre como a lei poderia ser aplicada em situações cotidianas, como a exposição de dados em redes sociais e a utilização de informações pessoais sem consentimento, revelam uma percepção crítica sobre sua eficácia. Afinal, a proteção dos dados pessoais não deve ser uma mera formalidade, mas uma responsabilidade compartilhada entre empresas e consumidores.
Com tantas histórias em torno da LGPD, é fácil perder o foco. Parece que a lei se tornou uma piada entre programadores e empresas, que buscam formas de contorná-la. Mas, e quanto aos usuários? A falta de entendimento sobre como seus dados são tratados pode levar a vazamentos e abusos. Portanto, é essencial que o público esteja informado e consciente de seus direitos. Precisamos, mais do que nunca, de uma cultura de proteção de dados que comece nas escolas e se estenda a todos os setores da sociedade.
Em suma, a LGPD pode ser vista como um avanço, mas seu verdadeiro valor só será alcançado quando todos nós, cidadãos e empresas, reconhecermos a importância da privacidade e da proteção de dados. Não podemos permitir que a lei se torne apenas mais um item na lista de obrigações burocráticas. A luta por uma internet mais segura e respeitosa com os dados pessoais deve ser constante, e cada um de nós tem um papel fundamental nesse processo.