Em um cenário onde 30% da população ainda apoia figuras que ameaçam a democracia, a implementação da LGPD é mais do que uma questão legal; é um ato de resistência. As barreiras tecnológicas, como o sistema de pagamentos instantâneos Pix, e as normas legais, como a LGPD, são fundamentais para assegurar que o Brasil não se torne apenas um mercado a ser explorado, mas sim um país que valoriza sua soberania digital. A proteção de dados não é apenas uma questão de privacidade, mas uma questão de dignidade nacional.
Por outro lado, a resistência à LGPD é um reflexo da falta de entendimento sobre a importância da proteção de dados. Aqueles que criticam a lei frequentemente não percebem que, sem ela, estamos entregando nossas informações de bandeja a empresas que priorizam lucros em detrimento da ética. O debate sobre a LGPD deve ser elevado, pois não se trata apenas de uma legislação, mas de um movimento coletivo que busca assegurar que todos tenham controle sobre suas informações pessoais.
A fragilidade dessa discussão se evidencia em situações cotidianas, como a dúvida sobre a exibição de imagens em eventos públicos. Ao participar de uma promoção, por exemplo, muitos se questionam sobre a conformidade com a LGPD. Esses dilemas nos mostram que a lei não é uma barreira para a inovação, mas um guia que deve ser seguido para que possamos navegar por um mar de incertezas digitais sem perder o controle sobre nossos dados.
Finalmente, a LGPD é um convite à reflexão: somos um país, não apenas um conjunto de empresas. Precisamos continuar a lutar contra a normalização do uso irresponsável de dados, garantindo que a tecnologia sirva ao bem coletivo e não ao interesse de poucos. Portanto, em tempos de incerteza, é fundamental que todos nós, cidadãos e empreendedores, abracemos a LGPD como uma ferramenta de empoderamento e proteção, desafiando o status quo e afirmando nosso direito à privacidade.