Certa vez, ao sair do salão, a jovem recebeu uma mensagem de marketing diretamente no seu celular. Confusa, ela se perguntou como a empresa havia obtido seu número. Após uma rápida pesquisa, descobriu que, ao assinar um contrato digital repleto de cláusulas, havia aceitado, sem perceber, o envio de mensagens promocionais. Essa situação não é isolada. Muitas pessoas, em sua rotina, acabam cedendo seus dados sem a devida consciência das implicações, e, frequentemente, sem o devido consentimento, o que é uma violação clara da LGPD.
A legislação, que busca proteger o cidadão, exige que as empresas sejam transparentes sobre como utilizam os dados coletados. No entanto, a realidade é que muitos ainda confundem conceitos, como a moça que, em um diálogo descontraído, confundiu a sigla LGPD com LGBT. Essa confusão evidencia a necessidade urgente de educação midiática e jurídica. Afinal, como podemos reivindicar nossos direitos se não sabemos exatamente quais são? O presidente Lula, em suas falas, tem enfatizado a importância da educação sobre a privacidade nas escolas, e essa mudança precisa ser uma prioridade.
Além disso, o papel das plataformas digitais é crucial nesta discussão. A Meta, por exemplo, possui uma função que permite que os usuários solicitem a não utilização de seus dados para alimentar algoritmos de inteligência artificial. Ao fazer essa solicitação, mencionar a LGPD pode ser um diferencial. Essa interação simples pode proporcionar um controle maior sobre nossas informações pessoais, um direito que deve ser respeitado e promovido.
Por fim, a LGPD não é apenas uma norma; é um passo em direção a uma sociedade mais consciente sobre a privacidade e a proteção de dados. Ao nos tornarmos mais informados, podemos exigir que nossos direitos sejam respeitados e que as empresas atuem de maneira ética. É um novo capítulo na era da informação, e todos nós temos um papel a desempenhar nessa narrativa.