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51 CEOs de tecnologia pedem lei federal de privacidade nos EUA

Representes da Amazon, SAP, Visa e Mastercard assinaram o documento


Os CEOs de 51 empresas de tecnologia norte-americanas assinaram e enviaram uma carta aberta aos líderes do congresso em 10 de setembro de 2019, pedindo uma lei federal sobre privacidade de dados, para substituir o número crescente de leis que estão surgindo no nível estadual.

 

A carta aberta foi enviada em nome da Business Roundtable, uma associação formada pelos CEOs das maiores empresas do país. Os CEOs da Amazon, AT&T, Dell, IBM, Qualcomm, SAP, Salesforce, Visa, Mastercard, JP Morgan Chase, State Farm e Walmart são apenas alguns dos executivos que colocam o nome no documento.

 

Desafios em nível estadual

 

Os CEOs apontam diversos regulamentos de privacidade que atualmente estão sendo aprovados em vários estados dos EUA e por várias agências como uma das razões pelas quais a privacidade do consumidor é uma bagunça no país.

 

Esses diferentes regulamentos de privacidade está criando problemas para suas empresas, que precisam cumprir um número cada vez maior de leis em diferentes estados.

 

Em vez disso, os 51 CEOs gostariam de uma lei que rege toda a privacidade do usuário e proteção de dados nos EUA, o que simplificaria o design, a conformidade e o gerenciamento de dados do produto.

 

"Existe agora um amplo acordo entre empresas de todos os setores da economia, formuladores de políticas e grupos de consumidores sobre a necessidade de uma lei federal abrangente sobre privacidade de dados que forneça proteções fortes e consistentes para os consumidores americanos", consta na carta aberta.

 

Controvérsias

 

Defensores da privacidade (e até alguns CEOs de tecnologia) acreditam que as empresas do ramo não estão realmente protegendo os interesses dos usuários, mas os seus próprios. Há uma crença de que as empresas estão tentando agregar qualquer legislação sobre privacidade sob o mesmo teto, onde grupos de lobby possam diluir qualquer proteção significativa ao usuário que possa afetar os resultados finais.

 

Muitas empresas ganham dinheiro vendendo dados pessoais ou de uso de dispositivos de clientes a anunciantes online. Uma estrutura forte de proteção de dados poderia impedir essas instituições de vender certos tipos de dados.

 

Para ajudar a acelerar o processo legislativo, o grupo Business Roundtable lançou sua própria estrutura de privacidade do consumidor que eles gostariam que o Congresso analisasse e usasse como base para uma lei futura. Esta proposta inclui muitas das mesmas disposições do Regulamento Geral de Proteção de Dados da UE (GDPR).

Em fevereiro de 2019, uma agência de auditoria do governo dos EUA concedeu ao Congresso a aprovação de uma legislação federal de privacidade de dados na Internet para aprimorar a proteção do consumidor, semelhante à GDPR.

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