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Aplicativo de mensagens offline cresce em Hong Kong

App Bridgefy é usado para combinar protestos por jovens da região


A privacidade nas conversas pessoais é algo cada vez mais buscado na China, onde o governo vigia diversos aplicativos. Para combinar protestos no país, os jovens de Hong Kong têm usado ferramentas não tão convencionais para trocar mensagens, como o Uber e o Pokémon Go. Esses apps, porém, já estão sendo vigiados.

 

Os jovens encontraram uma solução em aplicativos que mandam mensagens sem precisar de internet, como o Bridgefy e o Firechat. A conexão ocorre via Bluetooth e os manifestantes podem conversar com aparelhos em 60 a 100 metros de distância. O Bridgefy foi criado em 2016 no México e o Firechat existe há cinco anos, já sendo utilizado em países como Taiwan, Irã e Iraque. Ambos os apps estão disponíveis para Android e IOS.

 

De acordo com a Forbes, os downloads do Bridgefy aumentaram 4.000% em agosto de 2019. O app subiu da posição de 973 no ranking e passou a ser o sexto aplicativo mais baixado no dia 1º de setembro. A vantagem do Buetooth nesses casos é que ele não envia o conteúdo das mensagens a uma central antes dele chegar ao celular do destinatário.

 

Os protestos contra o governo em Hong Kong estão ocorrendo devido a um projeto de lei (que já está suspenso, mas não foi retirado) que permite a extradição de acusados de crimes contra a China continental. O último protesto ocorreu no dia 8 de setembro, com a caminhada de manifestantes abraçados à bandeira dos Estados Unidos. Já é a 14ª semana de protestos na região.

 

Embora Hong Kong, que é um território autônomo, ofereça mais liberdade aos cidadãos que a China, a situação atraiu críticas em relação ao governo chinês estar apertando seu domínio sobre a região.

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