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DPO está entre as funções em alta para 2020

Salários para quem desempenhar esse trabalho podem chegar a R$ 30 mil


Um relatório realizado pela consultoria PageGroup apresentou um panorama de 36 profissões em alta para 2020, com salários entre R$ 3 mil e R$ 50 mil. O cargo de Data Protection Officer (DPO) está na lista, visando a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em 2020. 

 

Segundo o relatório, "o DPO será o profissional encarregado de administrar e avaliar todos os dados da empresa, desde a coleta até o tratamento das informações. Além disso, possuirá um papel de interlocutor com o órgão regulatório de fiscalização de dados". Ou seja, essa função é essencial com a entrada da LGPD em vigor.

 

Para trabalhar com essa tarefa, é preciso ter visão interdisciplinar, conhecendo sobre governança de tecnologia, segurança da informação e cibersegurança. Também é preciso ser um bom comunicador, para se relacionar com a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) e os titulares de dados, fazendo essa ponte entre a empresa, as autoridades e os consumidores.

 

De acordo com o relatório, o salário de quem escolher a carreira de DPO pode variar entre  R$ 20 mil a R$ 30 mil. A função de DPO é extremamente nova e o mercado está demandando muitos profissionais nesse momento.

 

Marison Souza é professor no curso de formação de DPOs na Assespro-RS e conta que "no Brasil o DPO, ou encarregado pela proteção de dados, possui um papel muito forte de interlocução com todos os interessados, sejam eles internos ou externos". Para ele, o profissional que exerce essa função deve conseguir entender os fluxos de negócio da empresa, estabelecer canais com a autoridade nacional e titulares de dados de modo poder fomentar a cultura de privacidade de dentro para fora.

 

Os cursos que são voltados para essa área misturam diversos conhecimentos, para formar profissionais capazes de entender sobre proteção de dados na prática e legislação. "Normalmente os cursos para formação de DPO, como os da Assespro-RS, tem como objetivo estabelecer uma base sólida de conhecimentos que a função de DPO exige, como conhecimento jurídico regulatório, aspectos técnicos, segurança da informação, implementação prática a partir de experiências da GDPR e fundamentos de privacidade", explica Marison.

 

A tendência de trabalhar com proteção de dados não está surgindo apenas no Brasil. Segundo o professor e co-fundador do Grupo Maven, as empresas cada vez mais estão se tornando globais e um diferencial para a função de DPO é ter uma visão global de negócios, o que envolve conhecer os aspectos de privacidade de modo mais amplo do que apenas conhecimento em um framework regulatório. "Possuir conhecimentos em gestão de projetos, ISO27K, COBIT, ITIL entre outras poderá ampliar as possibilidades para esse profissional a partir do próximo ano", complementa.

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