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Revisão de voz da Siri é desativada por questões de privacidade

Apple foi denunciada por captar conversas pessoais


Para evitar problemas com as leis de proteção aos dados, a Apple desativou a revisão de voz da Siri por alguns momentos. O recurso serve para coletar amostras da voz dos usuários e enviá-las para análise, para melhorar o reconhecimento dos comandos. No entanto, ele não pode ser desabilitado e funciona de forma automática.

 

Em julho de 2019, a empresa de tecnologia foi acusada de invadir a privacidade dos clientes, pois surgiram denúncias de que não apenas as falas de comandos foram captadas, mas também diálogos confidenciais. Um dos funcionários da Apple falou que entre os áudios gravados estão conversas entre pacientes e médicos, reuniões de negócios, relações aparentemente criminosas e encontros sexuais.

 

O Assistente da Google e a Amazon Alexa têm recursos parecidos com a Siri, mas que avisam os usuários sobre sua existência, além de permitirem ser desabilitados. Para evitar um escândalo ainda maior, a Apple voltou atrás e está desativando a gravação da Siri até lançar uma atualização que dê aos usuários a opção de desligá-la.

 

A empresa emitiu um comunicado confirmando a mudança no comportamento da Siri, quei está presentes nos gadgets da Apple desde 2010, mas defendeu as práticas atuais. A Apple alega que menos de 1% das gravações é analisado, sendo que nenhuma delas permite a identificação de qual usuário é responsável pela gravação, ou seja, são anônimas. Muitas vezes, um zumbido já é o suficiente para ativar a ferramenta, iniciar a gravação e expor diálogos privados.

 

Após as denúncias e o escândalo na mídia, a empresa parece estar correndo para resolver o problema, já que sempre usou a defesa da privacidade de seus usuários como um mote. Porém, é inevitável que alguns questionem o fato de um recurso que coleta informações pessoais não ter a opção de ser desabilitado.

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