LGPD: Entre a Teoria e a Realidade do Cotidiano Brasileiro
Os desafios e as frustrações da proteção de dados em um mundo que parece ignorar a privacidade.
Às duas da manhã, enquanto muitos brasileiros sonham com um futuro mais seguro e privativo, eu me vejo imerso em um mar de mensagens de golpe, todas com meu nome e endereço. A razão? Uma simples compra online, feita na esperança de que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estivesse lá para me proteger. Mas, ao invés de segurança, o que encontrei foi a frustração de perceber que nossos dados parecem valer pouco em um mundo dominado por práticas questionáveis.
A LGPD, que deveria ser um marco em nossa luta por privacidade, muitas vezes parece mais uma formalidade do que uma proteção real. O que deveria ser um escudo contra abusos se transforma, em muitas ocasiões, em uma mera figura de linguagem. Os relatos de pessoas que, assim como eu, recebem mensagens de golpe logo após uma compra são cada vez mais comuns. O que está acontecendo com nossas informações? Onde está a proteção que a lei prometeu?
Recordo-me de minha época em Belo Horizonte, onde uma sábia preta velha, após um dia no Fórum, costumava me perguntar por que eu estava tão sujo. A metáfora era clara: em meio a tantos processos e burocracias, acabamos nos sujando com a desilusão de um sistema que não funciona como deveria. A LGPD, em teoria, deve regular o uso de dados pessoais, mas na prática, a sensação é de que estamos apenas arranhando a superfície de um problema muito mais profundo.
E o que dizer das big techs, que parecem driblar a legislação com facilidade? O modelo de negócios dessas gigantes depende da coleta incessante de dados, e a LGPD se torna uma pedra no sapato que elas tentam ignorar. Como podemos esperar uma real mudança quando as instituições que deveriam nos proteger falham em fazê-lo? O que nos resta é a batalha individual, como aqueles que buscam indenizações por danos causados pela negligência na proteção de dados.
A verdade é que a LGPD ainda não cumpriu sua promessa de transformar a forma como tratamos a privacidade no Brasil. Enquanto isso, continuamos a navegar em um mar de incertezas, onde os dados pessoais são tratados como mercadorias e os direitos dos cidadãos parecem estar em segundo plano. A pergunta que fica é: até quando aceitaremos essa realidade?
A LGPD, que deveria ser um marco em nossa luta por privacidade, muitas vezes parece mais uma formalidade do que uma proteção real. O que deveria ser um escudo contra abusos se transforma, em muitas ocasiões, em uma mera figura de linguagem. Os relatos de pessoas que, assim como eu, recebem mensagens de golpe logo após uma compra são cada vez mais comuns. O que está acontecendo com nossas informações? Onde está a proteção que a lei prometeu?
Recordo-me de minha época em Belo Horizonte, onde uma sábia preta velha, após um dia no Fórum, costumava me perguntar por que eu estava tão sujo. A metáfora era clara: em meio a tantos processos e burocracias, acabamos nos sujando com a desilusão de um sistema que não funciona como deveria. A LGPD, em teoria, deve regular o uso de dados pessoais, mas na prática, a sensação é de que estamos apenas arranhando a superfície de um problema muito mais profundo.
E o que dizer das big techs, que parecem driblar a legislação com facilidade? O modelo de negócios dessas gigantes depende da coleta incessante de dados, e a LGPD se torna uma pedra no sapato que elas tentam ignorar. Como podemos esperar uma real mudança quando as instituições que deveriam nos proteger falham em fazê-lo? O que nos resta é a batalha individual, como aqueles que buscam indenizações por danos causados pela negligência na proteção de dados.
A verdade é que a LGPD ainda não cumpriu sua promessa de transformar a forma como tratamos a privacidade no Brasil. Enquanto isso, continuamos a navegar em um mar de incertezas, onde os dados pessoais são tratados como mercadorias e os direitos dos cidadãos parecem estar em segundo plano. A pergunta que fica é: até quando aceitaremos essa realidade?