Punida pela terceira vez pela GDPR, a Meta, dona da plataforma, afirma que irá recorrer da decisão afirmando que a investigação se baseou em informações antigas e que há mais de um ano que as configurações foram atualizadas.

 

A polêmica do momento é sobre como o Instagram estaria lidando com os dados de crianças que possuem contas na plataforma.

 

A investigação, que iniciou em 2020, analisou contas de usuários menores de idade, entre 13 a 17 anos, que conseguiram operar contas comerciais, facilitando o acesso a dados como número de telefone e/ou endereço de e-mail do usuário.

 

O vice-comissário da Comissão de Proteção de Dados Irlandesa (DPC), Graham Doyle, disse ao TechCrunch: "Adotamos nossa decisão final na sexta-feira passada e contém uma multa de ? 405 milhões. Os detalhes completos da decisão serão publicados na próxima semana."

 

Multa é a maior aplicada ao Instagram até o momento

 

A multa é a maior por GDPR que Instagram foi atingida até o momento.

 

A investigação em torno do Instagram se concentrou na forma como contas de crianças, quando alteradas para contas comerciais, deixava as contas de usuários infantis com status "públicas" por padrão, a menos que o usuário realizasse as configurações da conta definindo-a como "privada".

 

Um porta-voz da Meta, em entrevista à BBC News, disse: "Esta investigação se concentrou em configurações antigas que atualizamos há mais de um ano e desde então lançamos muitos novos recursos para ajudar a manter os adolescentes seguros e suas informações privadas", "Qualquer pessoa com menos de 18 anos automaticamente tem sua conta definida como privada quando entra no Instagram, para que apenas pessoas conhecidas possam ver o que publicam e adultos não podem enviar mensagens para adolescentes que não os seguem".

 

E continuou: "Embora tenhamos nos engajado totalmente com o DPC durante a investigação, discordamos de como essa multa foi calculada e pretendemos recorrer", "Continuamos a rever cuidadosamente o resto da decisão.".

 

Meta já havia sido multada ano passado 

 

Ano passado o WhatsApp foi multado em ? 225 milhões por violar os regulamentos de privacidade.

 

A multa se refere a uma investigação iniciada em 2018, sobre o nível de transparência com o qual o WhatsApp lida com as informações.

 

A investigação buscava esclarecer se o WhatsApp fornecia informações suficientes aos usuários sobre como seus dados foram processados ??e se suas políticas de privacidade eram claras o suficiente.

 

Na ocasião, um porta-voz da empresa disse: "O WhatsApp está comprometido em fornecer um serviço seguro e privado", "Trabalhamos para garantir que as informações que fornecemos sejam transparentes e abrangentes e continuaremos a fazê-lo. Discordamos da decisão de hoje sobre a transparência que fornecemos às pessoas em 2018 e as penalidades são totalmente desproporcionais".